quarta-feira, 20 de outubro de 2010




IMPROVISO
                                                 
                                             Cecília Meireles

Eu mesma sou a culpada
dos malefícios alheios
A quem não podia nada,
eu é que fui dar os meios
para me ver maltratada.

Vai correndo, fonte pura,
não mires quem te bebeu.
Não queiras ver a criatura
que se nutriu do que é teu.
Salva-te da desventura!


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