domingo, 31 de julho de 2011

CIRANDAR

Dança de Roda, 1936 (António Pedro- Museu do Chiado-PT)

DANÇA DE RODA

Deixei de escrever o óbvio
Dedico-me a pensar no ócio
Emudeço os pensamentos
Adio esperados momentos
Releio páginas em branco
Não recito verso rimado
Nem discurso agoniado
Não deixo nenhum recado

Farei da matraca a voz
No berra-boi outro som
Com o reco-reco ensaio
coco de roda, ciranda,
balaio, meu bem balaio.
Un, deux, trois, pernas pro ar
viola de gamba, meu pinho
ainda sei pontear.
Na dança a palavra cala
sem assunto a voz se atrapalha
Um, dois, três, é só rodar e bailar. 






O vídeo, Dance me to the end of love - Leonard Cohen, foi um presente enviado por Enéas M.F.
Continuemos a dançar.